segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Notas sobre o ano findado - Internacional

 800 mil. Mais de 800 mil pessoas abandonaram o seu país para fugir à morte. É este número de refugiados que chegaram à Europa em 2015. Uma crise de refugiados que demonstrou a fragilidade do projecto europeu, mostrando uma Europa incapaz de formar uma política comum que dê resposta a este que é o maior fluxo migratório desde da Segunda Guerra Mundial.
 Um dos rostos mais visíveis destes refugiados são os provenientes do conflito sírio. A Síria está em Guerra Civil desde de 2011. Uma guerra que, apesar de civil, passou a ser um conflito internacional (fazendo lembrar os tempos da Guerra Fria com envolvimento de Rússia, EUA e outras nações) e com fortes motivos religiosos. A carga de carnificina brutalizou-se com o surgimento do auto denominado Estado Islâmico (daesh) no conflito, que vincou o choque entre xiitas e siitas e fez explodir número de refugiados. O ano fica marcado pelo daesh que se recheou de armas, angariou militantes pelo mundo, destruiu património e varreu a sangue milhares de pessoas. Penetrou na Europa e explodiu Paris duas vezes - atentados de Janeiro à redacção do Charlie Hebdo e os atentados de Novembro - deixando o mundo horrorizado. A Europa que ignorou durante anos o que se passava no oriente sofre agora as consequências: vive amedrontada pela ameaça terrorista. Daí surgem dois grandes problemas interligados entre si que urgem como derradeiros desafios para 2016: como combater o Estado Islâmico e encontrar resposta para os refugiados que vão eclodindo pela Europa.

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